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Bornito de Sousa: “São as primeiras eleições em que não há armas nas mãos de algum partido” em Moçambique

Política
O que está em causa?
Em declarações à imprensa, o antigo Vice-Presidente da República de Angola, Bornito de Sousa, que lidera a delegação da Missão de Observação Eleitoral da União Africana em Moçambique, disse que se realizam hoje (9 de Outubro) "as primeiras eleições em que não há armas” na posse dos partidos políticos. Verdade ou mentira?
© Agência Lusa

“Registamos positivamente o facto de que são as primeiras eleições em que não há armas nas mãos de algum partido e isso é muito bom, cria confiança da parte dos cidadãos de Moçambique. Como todos, esperamos que os resultados reflictam o sentimento do povo moçambicano”, declarou aos jornalistas o antigo Vice-Presidente de Angola, Bornito de Sousa.

As declarações de Bornito de Sousa foram proferidas à saída de um encontro com a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, que na ocasião recebia os chefes das diferentes missões de observação eleitoral – nomeadamente da União Europeia, da União Africana, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa e da Commonwealth.

É verdade que o pleito que hoje vai eleger o quinto Presidente da história de Moçambique, membros do Parlamento, assembleias e governadores será o primeiro sem armas nas mãos de algum partido político?

No dia 23 de Junho de 2023, em cerimonia pública solene, o Governo moçambicano e a Renamo oficializaram o fim do processo de desarmamento, desmilitarização e reintegração de antigos guerrilheiros, representando o cumprimento integral dos acordos de paz de Maputo, assinado há cinco anos.

O evento contou com a presença dos Presidentes do Botswana, Mokgweetsi Masise, e do Zimbwabwe, Emerson Mnangagwa, além da representante do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Cristina Duarte, entre outros dignitários nacionais e estrangeiros.

Na ocasião, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que durante os últimos quatro anos o seu Governo procedeu ao desarmamento e desmilitarização de todos os antigos guerrilheiros da Renamo. “Encerrámos um total de 16 bases”, declarou, enaltecendo a colaboração entre as partes como tendo sido a chave para o sucesso do cumprimento do que fora acordado.

De acordo com uma notícia da “VOA“, a 15 de Junho do ano passado, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o presidente da Renamo, Ossufo Momade, encerraram a última base da antiga guerrilha em Vanduzi, distrito da Gorongoza, na província de Sofala.

Em conclusão, aplicamos o selo “Verdadeiro” às declarações de Bornito de Sousa.

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Avaliação do Polígrafo África:

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