“Registamos positivamente o facto de que são as primeiras eleições em que não há armas nas mãos de algum partido e isso é muito bom, cria confiança da parte dos cidadãos de Moçambique. Como todos, esperamos que os resultados reflictam o sentimento do povo moçambicano”, declarou aos jornalistas o antigo Vice-Presidente de Angola, Bornito de Sousa.
As declarações de Bornito de Sousa foram proferidas à saída de um encontro com a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, que na ocasião recebia os chefes das diferentes missões de observação eleitoral – nomeadamente da União Europeia, da União Africana, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa e da Commonwealth.
É verdade que o pleito que hoje vai eleger o quinto Presidente da história de Moçambique, membros do Parlamento, assembleias e governadores será o primeiro sem armas nas mãos de algum partido político?
No dia 23 de Junho de 2023, em cerimonia pública solene, o Governo moçambicano e a Renamo oficializaram o fim do processo de desarmamento, desmilitarização e reintegração de antigos guerrilheiros, representando o cumprimento integral dos acordos de paz de Maputo, assinado há cinco anos.
O evento contou com a presença dos Presidentes do Botswana, Mokgweetsi Masise, e do Zimbwabwe, Emerson Mnangagwa, além da representante do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Cristina Duarte, entre outros dignitários nacionais e estrangeiros.
Na ocasião, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que durante os últimos quatro anos o seu Governo procedeu ao desarmamento e desmilitarização de todos os antigos guerrilheiros da Renamo. “Encerrámos um total de 16 bases”, declarou, enaltecendo a colaboração entre as partes como tendo sido a chave para o sucesso do cumprimento do que fora acordado.
De acordo com uma notícia da “VOA“, a 15 de Junho do ano passado, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o presidente da Renamo, Ossufo Momade, encerraram a última base da antiga guerrilha em Vanduzi, distrito da Gorongoza, na província de Sofala.
Em conclusão, aplicamos o selo “Verdadeiro” às declarações de Bornito de Sousa.
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Avaliação do Polígrafo África: