Em causa está o facto de Jorge Lopes ter interposto, junto do Tribunal Constitucional, um recurso contencioso visando a impugnação da deliberação n.º 10 da Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização (CNJF), que admitiu a candidatura de Francisco Carvalho à presidência do PAICV. As eleições internas estavam inicialmente marcadas para o dia 30 de Março.
Num comunicado divulgado na quinta-feira, 10 de Abril, a candidatura de Francisco Carvalho solicitou o afastamento imediato de Jorge Lopes e da sua filha, Irina Lopes, da gestão da base de dados do partido.
Paralelamente, exige a criação “urgente” de uma comissão ad hoc, independente e sob supervisão directa da CNJF, com o objectivo de assegurar uma “gestão séria, imparcial e transparente” da base de dados durante o período eleitoral.
A candidatura considera que a CNJF “tem não só o dever estatutário, mas também a obrigação moral de intervir com firmeza, para garantir que os princípios democráticos do PAICV não sejam atropelados por interesses pessoais ou estratégias de manipulação”.
“O PAICV não pode permitir que processos eleitorais internos sejam conduzidos sob a sombra da suspeição. A nossa militância exige e merece eleições limpas, justas e com regras claras – onde todos os militantes tenham voz e voto assegurados”, sublinha-se ainda no comunicado.