Num comunicado publicado na sua página pessoal no Facebook, a 21 de Fevereiro, José Maria Neves demarcou-se dos comentários que o colocam no centro do debate político sobre a sucessão no PAICV.
“Talvez seja pedir muito, mas, ainda assim, apelo aos diversos activistas das campanhas para as eleições à liderança do PAICV para que não me envolvam nas lides político-partidárias desse partido, do qual fui presidente durante quase 15 anos, com muita honra”, afirmou.
O Presidente da República recordou que, antes das eleições autárquicas de 1 de Dezembro, visitou diversos municípios, independentemente da cor política. E elogiou, em algumas situações, o trabalho dos respectivos autarcas. “Suspendi as visitas durante as campanhas eleitorais precisamente para evitar qualquer envolvimento. Agora retomei a iniciativa ‘A Presidência na Ilha’, tendo iniciado em Santo Antão, onde reconheci o trabalho significativo das autarquias locais para o desenvolvimento regional”, sublinhou.
José Maria Neves reforçou que, desde que decidiu candidatar-se à Presidência da República, deixou a militância no PAICV, por entender que o Presidente deve ser “suprapartidário, para desempenhar com equidistância as funções de árbitro e moderador do sistema político”.
“Recentemente, activistas de algumas candidaturas, retirando as minhas palavras do contexto, têm publicado intervenções minhas feitas há algum tempo, tentando associar-me a este ou aquele candidato à presidência do PAICV ou, de forma indecorosa, atacando-me”, denunciou.
O Chefe de Estado reiterou que não tem qualquer actividade partidária, não se imiscui nos assuntos internos do PAICV ou de qualquer outro partido e está completamente afastado das disputas eleitorais partidárias.
“Não faz sentido qualquer tentativa de me colar a um candidato, utilizando esse pretexto para ataques pessoais”, concluiu José Maria Neves.