Nas imagens que têm sido partilhadas nas redes sociais é visível a denominação “Centenário de Amílcar Cabral” junto à proa da embarcação. Terá sido esse o navio oferecido pelo Estado português, com o objectivo de operar nas rotas para ou entre as muitas ilhas da Guiné-Bissau.
A história está a ser bem contada? O navio foi mesmo doado e já está a navegar em águas guineenses?
No dia 23 de Fevereiro de 2024, o ministro dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital da Guiné-Bissau anunciou que o navio “Eborense”, doado por Portugal à Guiné-Bissau, iria chegar ao país em meados de Junho para assegurar o transporte de pessoas e cargas para as ilhas.
“Foi assinado no ano passado, aqui em Bissau, um protocolo de cedência do navio nas condições de que será cedido após sua reabilitação na totalidade. E que também o Estado guineense deverá enviar a Portugal uma equipa de técnicos e operadores para a própria embarcação, para a formação no domínio da sua reparação”, informou José Carlos Esteves, citado pela Agência de Notícias da Guiné.
Estava programado que a reabilitação do navio estivesse concluída em Junho, podendo então navegar até à Guiné-Bissau. “Quando chegar ao país, a embarcação passará a chamar-se ‘Centenário Amílcar Cabral‘ e a outra de ‘Caravela'”, anunciou o ministro, referindo-se a um outro navio que servirá de apoio ao de maior dimensão.
“Será assistido de um navio de menor porte denominado ‘Caravela’, porque temos muitas ilhas sem portos e a embarcação ‘Caravela’ vai assegurar a descarga de pessoas e bens para a terra, em diferentes ilhas”, explicou José Carlos Esteves.
De acordo com a mesma fonte, o navio rebaptizado como “Centenário Amílcar Cabral” vai operar na linha Bissau/Bubaque e também na rota de comércio Bissau/Banjul.
Entretanto, no dia 19 de Setembro, o Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, visitou o navio, já atracado no Porto de Bissau.
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