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Confirma-se a ocorrência de um incêndio na fábrica da Cervejas de Moçambique, em Marracuene?

Sociedade
O que está em causa?
Nos últimos dias circularam nas redes sociais publicações e vídeos amadores que apontam para a ocorrência de um incêndio de grandes proporções numa das secções da fábrica da Cervejas de Moçambique (CDM), localizada no distrito de Marracuene, província de Maputo. Verdade ou mentira?
© Agência Lusa

Numa dessas publicações, datada de 22 de Maio e partilhada na rede social Facebook, pode ler-se: Fábrica da 2M está em chamas. Na secção de comentários, vários internautas apelam à verificação dos factos.

No dia seguinte, a 23 de Maio, foi publicado um novo vídeo que, alegadamente, mostra a fábrica envolta em chamas. As imagens tornaram-se virais, gerando preocupação e especulação quanto à veracidade do incidente.

É verdade que houve um incêndio na fábrica da Cervejas de Moçambique, em Marracuene?

Sim, confirma-se. A informação foi oficialmente validada através de um comunicado de imprensa a que o Polígrafo África teve acesso. No qual a empresa confirma a ocorrência do incêndio.

“O incêndio original provocou uma explosão no exterior da fábrica que, ao ser forçada pelas aberturas de ventilação, foi projectada para o interior da parede da janela. A neblina do pátio ficou exposta a depósitos de paletes e grades plásticas, contendo recipientes de cerveja destinados ao abatimento, gerando uma nova e intensa fumarada negra, visível de vários pontos da região”, lê-se no comunicado.

Contudo, a empresa assegura que as chamas não atingiram a estrutura principal da unidade fabril: “A área produtiva da fábrica, bem como toda a infraestrutura principal, não foram atingidas pelo fogo. Permanecem intactas e a produção prossegue normalmente.”

No mesmo comunicado, a CDM agradece a rápida intervenção das entidades envolvidas no combate ao incêndio e reafirma o seu compromisso com a segurança dos colaboradores, a integridade das instalações e a protecção do meio ambiente.

O incidente ocorre numa altura em que o Governo moçambicano pondera agravar o imposto sobre bebidas alcoólicas — sobretudo as espirituosas — com o objectivo de reduzir o número de consumidores, maioritariamente jovens.

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Avaliação do Polígrafo África:

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