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Confirma-se que a plataforma “Mais Integridade” classifica como “fraudulentas” as eleições gerais de Moçambique?

Política
O que está em causa?
Alega-se nas redes sociais que a plataforma "Mais Integridade", que está a observar as eleições gerais em Moçambique desde a fase do recenseamento, considera que os resultados que têm sido anunciados são "fraudulentos" e resultam de manobras montadas nas mesas de voto em quase todo o país.

“Moçambique tem mágica para resultados” eleitorais, lê-se na publicação feita por um internauta no Facebook, no dia 16 de Outubro. O post, em tom jocoso, foi feito em alusão às declarações do presidente da plataforma “Mais Integridade”, Edson Cortez, considerando que a contagem paralela dos votos que efectuou na província de Nampula revelou que houve um “nível suficientemente alto de irregularidades que torna impossível determinar qual foi o resultado real daquela eleição”.

Nesse âmbito explicou: “O que estamos a tentar dizer, meus senhores, é que houve bastante fraude nas eleições deste ano… Vi e tenho vídeos de contagens dos votos. Depois da contagem dos votos onde o candidato do Podemos, Venâncio Mondlane, ganhava em várias mesas com uma vantagem considerável. Simplesmente, às 23 horas ou 22 horas e pouco, os delegados do partido Frelimo desapareceram… No dia seguinte, os editais e actas diziam outra coisa. Meus senhores, temos magia em Moçambique, é uma bênção.”

Estas declarações foram realmente proferidas por Edson Cortez? Ou estão a ser manipuladas nas redes sociais?

Neste vídeo publicado pela TV Sucesso confirmam-se as declarações de Edson Cortez, presidente da plataforma “Mais Integridade”, constituída por sete organizações da sociedade civil moçambicanas.

O responsável da organização qualificou as eleições gerais de 9 de Outubro como “fraudulentas” e denunciou como alegados ilícitos a falsificação de editais e o enchimento de urnas. A plataforma fez contagens paralelas nas províncias de Nampula e Zambézia, os dois maiores círculos eleitorais do país, e tinha mobilizado 1.900 observadores em todo o país.

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Avaliação do Polígrafo África:

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