Os preços dos produtos da cesta básica aumentam dia após dia e os angolanos vêem o seu poder de compra diminuir. Segundo vários especialistas, este fenómeno resulta, em grande medida, da dependência das importações e da desvalorização do kwanza face ao euro e ao dólar norte-americano.
Para tentar contrariar esta tendência, o Governo tem vindo a implementar vários projectos, entre os quais se destaca o PRODESI – Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações.
Apesar disso, o suposto montante mensal gasto na importação de bens alimentares continua a surpreender muitos internautas. Numa publicação de 8 de Abril, difundida na rede social Facebook, lê-se o seguinte: “Angola gasta aproximadamente 200 milhões de dólares por mês na importação de bens alimentares como arroz, açúcar, carne de frango, trigo, óleo alimentar, etc.”
Mas será mesmo verdade que Angola gasta 200 milhões de dólares por mês na importação de alimentos?
Sim, é verdade. As estatísticas do Banco Nacional de Angola (BNA) confirmam que o país desembolsa, em média, 200 milhões de dólares mensais para a importação de bens alimentares, segundo cálculos com base nos dados disponibilizados na página do BNA.
De acordo com o relatório sobre “Importações por Categoria de Produtos” do BNA, o Executivo angolano canalizou, em 2024, pouco mais de 2 mil milhões de dólares para a aquisição de alimentos, o que representa um crescimento de 5% face aos 1,9 mil milhões gastos em 2023.
Dividindo esse valor anual pelos 12 meses do ano, conclui-se que a média mensal ronda, aproximadamente, os 200 milhões de dólares.
Recorde-se que, no ano passado, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, atestou que o país gasta, mensalmente, 200 milhões de dólares com a importação de produtos alimentares. Com destaque para o arroz, açúcar, carne de frango, o trigo e o óleo alimentar, especificou o ministro.
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Avaliação do Polígrafo África: