Numa publicação datada de 3 de Junho, alega-se que, recentemente, o Presidente da República, Daniel Chapo, foi indicado pela União Africana como Campeão da Gestão de Riscos de Desastres.
Na caixa de comentários dessa mesma publicação, vários internautas manifestaram cepticismo e questionaram os critérios adoptados para a atribuição do título. Um utilizador escreveu: “Ok, mas qual foi o critério usado para essa nomeação? Desde que tomou posse nunca tivemos desastres em Moçambique.” Outro questionou: “A questão é: com que base?”
Mas então, será que a informação é verdadeira?
Sim. A nomeação é autêntica. Foi tornada pública através de uma publicação na página oficial da União Africana na rede social Facebook.
Na nota divulgada, lê-se: “A resolução do défice de recuperação de África irá optimizar os recursos para o desenvolvimento e implementação de estratégias sólidas de gestão do risco de catástrofes, melhorando a preparação e a resiliência. A parceria no financiamento da adaptação, bem como de acções preventivas e de resposta, é fundamental para reduzir os danos e as perdas.
S.E. Daniel Chapo, Presidente da República de Moçambique e Campeão da União Africana na Gestão do Risco de Catástrofes (DRM).”
Importa recordar que, em 2022, o então Presidente da República, Filipe Nyusi, também recebeu a distinção de “Campeão da Gestão de Riscos de Catástrofes em África”, igualmente atribuída pela União Africana.
Em declarações ao Polígrafo África, o ambientalista Rui Silva considerou que a nomeação de Daniel Chapo constitui um incentivo à acção governativa face aos impactos das alterações climáticas, como os registados em Março deste ano com a passagem do ciclone Jude.
“O Presidente Chapo está à frente do Governo e teria de ser, naturalmente, ele a receber esta distinção. Vejo este reconhecimento como um forte incentivo para o Presidente e para o Executivo continuarem a dar respostas rápidas à problemática das mudanças climáticas, num país tão vulnerável como o nosso”, declarou Rui Silva.
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Avaliação do Polígrafo África: