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Daniel Chapo lançou projecto de construção de 6 mil casas para jovens em Moçambique?

Política
O que está em causa?
Várias publicações nas redes sociais afirmam que o Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, lançou, na cidade de Maputo, a "primeira pedra" para a construção de seis mil habitações destinadas a jovens. Mas será esta informação verdadeira?

“O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, anunciou recentemente um projecto de construção de seis mil casas, com o objectivo de beneficiar as camadas de população de baixa renda no país”, destaca-se numa publicação de 2 de Abril na rede social Facebook.

A divulgação deste suposto projecto habitacional gerou cepticismo entre os internautas que questionam os critérios de selecção dos beneficiários e duvidam da real intenção da iniciativa.

“Se for verdade, essas casas já têm dono: os superiores da AJF”, comentou um utilizador, numa alusão à Associação da Juventude da Frelimo, partido no poder em Moçambique desde 1975.

“Será mesmo verdade? Ou é apenas mais um dos seus negócios? Duvido muito que essas casas venham a ser gratuitas”, escreveu outro dos intervenientes.

Esta informação é verdadeira?

Sim. O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, lançou a “primeira pedra” do projecto habitacional denominado “Cidade Jovem”, um empreendimento privado que prevê a construção de seis mil casas, com um investimento estimado em dois mil milhões de dólares.

“O projecto de habitação nacional para jovens, a ser implementado pela empresa Fenex International Group, com sede em Hong Kong, que acabámos de lançar, enquadra-se na política de habitação que prometemos aos jovens, de Rovuma a Maputo, durante a nossa campanha eleitoral. Porque quando prometemos, temos de cumprir”, afirmou Chapo no evento de lançamento.

O Chefe de Estado garantiu ainda que este modelo será replicado noutras províncias do país.

“Este é apenas o lançamento do projecto na nossa capital, Maputo. Mas a nossa visão e objectivo é replicar este tipo de habitação, ou mesmo uma solução mais ajustada a cada realidade local e ao respectivo poder de compra, em todo o país, ao longo deste quinquénio que o povo moçambicano nos confiou para governar”, assegurou.

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Avaliação do Polígrafo África:

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