“Tolerância de ponto por ocasião de tomada de posse do Presidente da República de Moçambique eleito pelo Conselho Constitucional“, destaca-se na imagem de um suposto documento oficial do Ministério do Trabalho e Segurança Social de Moçambique que está a ser partilhada nas redes sociais – desde logo no Facebook – como “prova” de que Daniel Chapo “não foi eleito pelo povo”.
Numa das publicações em causa, datada de 14 de janeiro, sublinha que “este documento deixa bem claro que Chapo não foi eleito pelo povo, mas sim pelo Conselho Constitucional”, apontando para a frase destaca no comunicado de imprensa do Ministério do Trabalho e Segurança Social.
O documento é real?
Não. A imagem foi manipulada, para acrescentar a expressão “pelo Conselho Constitucional”.
No documento original, emitido pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social de Moçambique, não há qualquer referência ao Conselho Constitucional.
“Tolerância de ponto por ocasião da tomada de posse do Presidente da República eleito“, lê-se no comunicado real, em referência a Daniel Chapo, candidato da Frelimo que foi declarado vencedor das eleições gerais, apesar da contestação do segundo candidato mais votado, Venâncio Mondlane, e milhares de pessoas nas ruas ao longo dos últimos meses.
No documento a que o Polígrafo África teve acesso informa-se que “o Ministério do Trabalho e Segurança Social, ao abrigo da alínea b) do n.º 1 do artigo 5 do Regulamento das Tolerâncias de Ponto, aprovado pelo Decreto n° 7/2015, de 3 de Junho, comunica a todos os trabalhadores dos sectores públicos e privados que o dia 15 de Janeiro de 2025 é tolerância de ponto, em todo o território nacional, por ocasião da tomada de posse do Presidente da República eleito”.
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Avaliação do Polígrafo África:
