“A moça atropelada pela Unidade de Intervenção Rápida (UIR) na cidade de Maputo perdeu a vida no banco de socorro”, destaca-se nesta publicação no Facebook, datada de 27 de Novembro. Na respectiva caixa de comentários sobressaem mensagens de muitos moçambicanos que reagem com indignação ao que consideram ser uma fake news – não o atropelamento, mas a suposta morte da vítima.
“Não faça isso, a moça está viva”, garante um dos intervenientes na discussão. Ao passo que outro ressalva que “apesar de as imagens terem sido realmente fortes, tenho minhas dúvidas quanto a essa informação” da morte da jovem.
É verdade que a jovem atropelada por carro blindado em manifestação em Maputo acabou por morrer?
Não. A vítima do atropelamento do carro blindado das FADM permanece viva. Neste momento está a receber cuidados médicos.
Em nota publicada pelo jornal “O País” de Moçambique, no dia 28 de Novembro, o director do serviço de Urgências do Hospital Central de Maputo, Dino Lopes, explicou que a paciente chegou em estado grave e inconsciente, mas, após receber cuidados médicos, encontra-se “estável” e consegue interagir com os familiares e profissionais de saúde.
“A jovem teve lesões na cabeça, membros inferiores, abdómen, tórax e bacia, sendo que o pescoço está intacto. Segundo os exames que fizemos, só teve lesões na cabeça, mas não precisamos fazer nenhuma intervenção cirúrgica. Estamos a fazer o tratamento medicamentoso”, explicou o médico.
Deste modo, atribuímos o selo “Falso” às publicações feitas no Facebook alegando que a jovem acabou por morrer.
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Avaliação do Polígrafo África: