“O sector industrial tem um peso que ronda entre os 8 e 10% do PIB do nosso país. Já é um valor que começa a ser importante”, declarou o o ministro da Indústria e Comércio, Rui Minguêns de Oliveira, quando procedia à abertura do V Fórum Indústria, organizado pelo jornal “Expansão”, especializado em económica e finanças.
Apesar do tom positivo, o ministro reconheceu que a participação da indústria ainda está “aquém daquilo que seria desejável” para um país como Angola, que “precisa de crescer e gerar emprego”. Ainda assim, manifestou confiança no futuro do sector, destacando que a actividade industrial tem registado um dinamismo considerável, sobretudo nos últimos dois anos, impulsionado por investimentos significativos.
“Ainda este ano, poderemos ter a nossa primeira grande indústria de alumínio. Trata-se de um investimento expressivo, possivelmente o maior no sector industrial entre 2024 e 2025, avaliado em cerca de 1,2 mil milhões de dólares. Este projecto permitirá desenvolver toda a cadeia da indústria do alumínio”, avançou o ministro.
Mas será verdade que a indústria representou entre 8 e 10% do PIB em 2024?
Sim. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), constantes da Folha de Informação Rápida referente ao IV Trimestre de 2024, confirmam essa informação.
Segundo o documento, o PIB angolano no último trimestre de 2024 totalizou 23 biliões de kwanzas, dos quais 259,4 mil milhões de kwanzas corresponderam a impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
As actividades económicas com maior peso no PIB desse período foram a Extracção e refinação do petróleo bruto e gás natural com 23,8%; Comércio com 22,1%; seguida da Produtos da Indústria Transformadora com 10,6%, Agropecuária e Silvicultura com 9,1%; Pesca com 8,4% e outros serviços com 8,2%.
Portanto, os dados confirmam que a indústria transformadora representou 10,6% do PIB no último trimestre de 2024, validando a afirmação do ministro.
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