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É verdade que os funcionários públicos de Moçambique convocaram greve geral para 20 de Janeiro?

Sociedade
O que está em causa?
A decisão terá sido tomada por causa de recentes declarações à imprensa do ex-ministro das Finanças de Moçambique, Adriano Maleiane, o qual avisou que o 13.º salário do ano de 2024 "não será pago, devido à situação financeira do país". Verificação de factos.

“Funcionários públicos anunciam greve a partir do dia 20 [de Janeiro]”, destaca-se nesta publicação no Facebook, alegando que decisão terá sido tomada por causa de recentes declarações à imprensa do ex-ministro das Finanças de Moçambique, Adriano Maleiane, o qual avisou que o 13.º salário do ano de 2024 “não será pago, devido à situação financeira do país”.

“Os funcionários públicos ouviram as declarações do Maleiane de que não haverá 13.° [mês de salário] e consideram falta de respeito, por isso, convocam greve à escala nacional, a partir de segunda-feira, 20 de Janeiro”, sublinha-se na mesma publicação que suscitou dúvidas nas redes sociais.

O autor do texto acrescenta ainda que “enquanto não houver o pagamento do 13.º salário, todas as actividades da função pública estarão paralisadas“.

É verdade que os funcionários públicos de Moçambique convocaram uma greve geral para o dia 20 de Janeiro?

Sim. O Sindicato Nacional da Função Pública (SINAFP) enviou uma carta às autoridades governamentais responsáveis a comunicar a suspensão da actividade laboral na Função Pública a partir da próxima segunda-feira, dia 20 de Janeiro.

“Os funcionários e agentes do Estado em Moçambique vêm, por meio deste comunicado, informar que, em uma reunião realizada pela plataforma virtual, os trabalhadores deliberaram, por unanimidade, a paralisação das actividades a partir de 20 de Janeiro de 2025 até que se efectue o pagamento integral do 13.º salário”, lê-se na missiva do SINAFP, a que o Polígrafo África teve acesso.

“O não pagamento do 13.º salário representa uma manifesta falta de respeito e desvalorização do corpo de funcionários públicos”, lamenta o SINAFP.

De resto, os funcionários público exigem o pagamento do valor na íntegra porque consideram que “a alegação de falta de disponibilidade financeira tem sido frequentemente utilizada como justificativa para a não resolução deste impasse”.

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Avaliação do Polígrafo África:

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