Numa publicação com centenas de reacções no Facebook denuncia-se uma suposta fraude eleitoral no 9.° Congresso Ordinário da JMPLA, braço juvenil do MPLA, realizado entre os dias 21 e 23 de Novembro. Em causa estará um “número de votos superior ao número de delegados”.
“MPLA é um partido corrupto, fraudulento, sem credibilidade para nos governar. Nas eleições de ontem da JMPLA entre eles fizeram fraude. O número de votos é superior ao número de delegados. Tal e qual como fazem nas eleições no país”, destaca-se no post de 23 de Novembro que está a gerar polémica nas redes sociais.
Noutra publicação no Facebook alega-se que perante a suspeita de fraude eleitoral, a equipa de Adilson Hach, um dos candidatos ao cargo de primeiro secretário nacional da agremiação juvenil do MPLA, requereu mesmo a impugnação dos resultados.
Esta informação é verdadeira?
Sim, confirmou o Polígrafo África junto da coordenação da candidatura de Adilson Hach, tendo sublinhado que requereu a anulação dos resultados à Sub-Comissão de Apelação da Comissão Nacional Preparatória do IX congresso da JMPLA. E admitiu ainda poder recorrer à Direcção do partido e/ou aos tribunais, caso não obtenha resposta no prazo estipulado.
A candidatura de Adilson Hach pretende a anulação dos resultados que dão vitória a Justino Capapinha, pelo facto de o número de votos ser superior ao número de votantes, dado que foram aprovados para o exercício do voto um total de 1.266 delegados. Mas a equação da Comissão Eleitoral interna indicou que Justino Capapinha obteve 1.100 votos, contra 681 de Adilson Hach, o que perfaz um total de 1.781 votos.
Além desse facto, a coordenação da candidatura de Adilson Hach diz ter registado várias outras irregularidades.
“Diante disso, e considerando a extrema gravidade dos factos, solicitamos o seguinte: a anulação dos resultados produzidos pelo IX congresso da JMPLA, suspensão imediata dos efeitos do relatório da Sub-Comissão Eleitoral. Dada a sensibilidade do assunto, e a ausência de um regulamento sobre os prazos nesta matéria, solicitamos o vosso pronunciamento em um prazo não superior a 48 horas, findo do qual faremos recurso a outras instâncias”, lê-se no requerimento.
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Avaliação do Polígrafo África: