Na conferência e imprensa de balanço dos 100 dias do nova direcção da Federação Angolana de Futebol (FAF), realizada no início deste mês, o presidente do órgão reitor do desporto-rei no país, Alves Simões, revelou ter encontrado um “buraco financeiro” de mais de 2 mil milhões de kwanzas, estando a decorrer uma auditoria às contas para avaliar o desempenho da antiga gestão.
Após a divulgação do passivo existente na FAF, circula nas redes sociais a informação de que é a empresa do presidente do Petro de Luanda, Tomás Faria, que estará a examinar as contas da FAF.
Essa informação é verdadeira?
Sim. Em resposta ao Polígrafo África, a FAF confirmou que a empresa Oskiade Consultoria Lda. foi contratada para auditar as contas da antiga Direcção da FAF, liderada por Artur Almeida e Silva entre 2016 e 2024.
O Polígrafo África apurou, entretanto, que a firma Oskiade Consultoria Lda., com um capital social fixado em 9,5 milhões de kwanzas, pertence a Tomás Faria, presidente do Petro de Luanda.
Com uma quota no valor nominal de 8,5 milhões de kwanzas, Faria é sócio maioritário da empresa, ao passo que a sua esposa, Maria Cristina Ribeiro Cafele Faria, é sócia minoritária, possuindo um capital de 950 mil kwanzas.
A Oskiade, cuja gerência era exercida, até 2012, pela sócia Maria Faria, passou ter como gerente Tomás Faria a 28 de Outubro de 2014, após a renúncia de sua esposa, segundo indica o registo no Guiché Único de Empresa (GUE), entidade tutelada pelo Ministério de Justiça e dos Direitos Humanos (MINJUSDH).
De resto, o Polígrafo África tentou contactar Tomás Faria para explicar a situação, mas não obteve resposta em tempo útil.
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Avaliação do Polígrafo África: