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Funcionária do Hospital Central de Maputo recusa devolver 95 mil meticais que teria recebido de uma paciente para serviço de parto?

Sociedade
O que está em causa?
Nas redes sociais circula um vídeo que mostra uma mulher indicada como funcionária do Hospital Central de Maputo (HCM), a quem é solicitada a devolução de 95 mil meticais que teria recebido de uma utente que alegadamente pretendia beneficiar do serviço de parto na clínica privada que funciona no interior do hospital. Será que a história está bem contada?

“Funcionária do Hospital Central de Maputo recusa devolver 95 mil meticais de uma paciente”, destaca-se nesta publicação com vídeo no Facebook, datada de 8 de Novembro, com centenas de comentários e milhares de visualizações. Na caixa de comentários muitos internautas questionam a legalidade do valor cobrado.

No vídeo em causa é possível ouvir o alegado parceiro da utente exigindo a devolução do dinheiro, porque o serviço de parto não aconteceu. Enquanto isso, a suposta funcionária circula no corredor do hospital procurando esconder o rosto, possivelmente porque temia ser identificada.

É verdade que uma funcionária do Hospital Central de Maputo recusou devolver 95 mil meticais que teria recebido de uma paciente para serviço de parto?

Sim. Num comunicado de imprensa a que o Polígrafo África teve acesso, o Hospital Central de Maputo confirma os factos e explica as alegadas razões do alarido em torno da situação.

Sobre o assunto em causa, “cumpre-nos esclarecer que a paciente deu entrada nesta unidade sanitária às 23h45m, em situação de emergência, transferida de uma clínica privada da cidade de Maputo, tendo sido prontamente submetida a cuidados médicos”, descreve o comunicado.

Pouco depois de ser atendida, e de forma unilateral, a paciente decidiu desistir, tendo na ocasião solicitado a devolução imediata do valor pago.

De seguida, lê-se na nota, a unidade sanitária terá dado explicações à paciente sobre os procedimentos da devolução do montante, mas a informação não terá sido compreendida.

“A equipa de serviço explicou com detalhes os procedimentos administrativos a seguir para seu processamento, que regra geral, é feito durante o horário normal de expediente, tendo a informação sido mal interpretada pela paciente e seu acompanhante, facto que culminou em agressão psicológica e física aos profissionais de saúde presentes no local”, sublinha-se no documento.

Dando ainda nota que a situação atingiu contornos alarmantes e preocupantes, facto que obrigou a unidade sanitária a solicitar apoio imediato à unidade policial local, que instruiu um auto que corre sob o número 166.

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Avaliação do Polígrafo África:

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