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Governo angolano anuncia saída da empresa russa Alrosa do capital social da mina de Catoca

Economia
O que está em causa?
O anúncio foi feito hoje, 28 de Novembro, pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo. O qual garantiu que a decisão já consta em decreto presidencial.
© EPA

A Alrosa, empresa multinacional russa que detinha 41% do capital da Sociedade Mineira de Catoca, está fora da estrutura accionista da diamantífera angolana. O anúncio foi feito hoje, 28 de Novembro, pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.

O governante, que falava após uma reunião do Conselho de Ministros, garantiu que a decisão já consta em decreto presidencial.

“Acabamos de aprovar dois decretos presidenciais, sendo que um autoriza a alienação da quota representativa da Sociedade Mineira de Catoca e outro que aprova a lei que altera o Contrato de Investimento Mineiro para Exploração e Comercialização”, explicou Diamantino Azevedo.

Desde há algum tempo que as autoridades angolanas estavam a pressionar no sentido da saída da empresa russa do capital social da Catoca, em função das dificuldades da venda de diamantes russos no mercado europeu, após a invasão militar da Ucrânia (e subsequentes sanções económicas à Rússia) e, por outro lado, a aproximação diplomática entre Angola e os Estados Unidos da América (EUA).

No ano passado, o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correa Victor, tinha avançado que a saída ou permanência da Alrosa em Catoca estava a depender apenas da vontade política, ficando afastadas as negociações directas entre as empresas envolvidas no processo.

“Essa é uma questão que se sobrepõe às empresas. É uma questão meramente política. De facto, o Executivo quando se apercebeu dessas movimentações, principalmente as últimas do G7 relativamente a factores exógenos que nós sabemos que afectariam a empresa”, garantiu na altura Jânio Correa.

Vale referir que o Estado angolano detinha 59% do capital social de Catoca e a multinacional russa Alrosa possuía 41% da participação. Entretanto, o  Conselho de Ministros deu aval à entrada da Maden Investiment Group CC, subsidiária do Fundo Soberano do Sultanato de Omã, que se ocupará da prospeção, exploração e comercialização dos diamantes na província da Lunda Sul e no Catoca, na Lunda Norte.

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