Estão a circular nas redes sociais publicações que alegam que o Governo de Moçambique vai desembolsar entre 22 e 30 milhões de meticais na marcha da “Chama da Unidade Nacional”, a qual levará uma tocha a todas as províncias do país.
“O Governo vai gastar entre 22 e 30 milhões de meticais no transporte da tocha da ‘Chama da Unidade’, que será lançada no próximo dia 7 de Abril, pelo Presidente da República, Daniel Chapo, no distrito de Nangade, na província de Cabo Delgado, no âmbito das celebrações dos 50 anos da independência nacional”, destaca-se numa publicação datada de 4 de Abril no Facebook, com milhares de reacções.
Na caixa de comentários, vários utilizadores defendem que o alegado montante deveria ser canalizado para sectores com necessidades mais urgentes.
“Esse dinheiro devia ser canalizado para áreas necessitadas. A função pública não tem salários dignos e querem gastar com o transporte de uma tocha? Um Governo nem feliz nem unido. Isto é uma palhaçada”, criticou um internauta.
Mas será verdade que a logística da “Chama da Unidade Nacional” vai mesmo custar entre 22 e 30 milhões de meticais aos cofres do Estado?
A resposta é sim. A confirmação foi dada pelo porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, numa conferência de imprensa realizada na tarde de sexta-feira, 4 de Abril, no Município da Matola, província de Maputo.
“O percurso completo, que abrangerá todas as províncias do país, terá a duração de 79 dias, sendo que o custo previsto para a logística oscila entre 22 e 30 milhões de meticais”, declarou Impissa.
O porta-voz acrescentou ainda que, “mais do que o custo financeiro desta tarefa, é o custo da nossa unidade, da nossa tranquilidade, da nossa paz e da nossa moçambicanidade.”
A marcha tem início esta segunda-feira, 7 de Abril, em Cabo Delgado. Depois de percorrer todas as províncias do país, a “Chama da Unidade Nacional” deverá chegar ao Estado da Machava, a 25 de Junho, data e local escolhidos para a celebração do meio século de independência de Moçambique.
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Avaliação do Polígrafo África: