O primeiro jornal lusófono
de Fact-Checking

Higino Carneiro abandonou o MPLA para ser cabeça de lista na CASA-CE?

Política
O que está em causa?
Têm circulado nas redes sociais publicações que alegam que o general Higino Carneiro, antigo governador e ex-ministro durante a governação de José Eduardo dos Santos, abandonou o MPLA para liderar a CASA-CE nas próximas eleições. Mas será verdade?

Na altura, essa decisão foi associada à estratégia do Presidente do MPLA, João Lourenço, de retirar alguns veteranos do seio partidário e renovar o núcleo dirigente com novos quadros, numa tentativa de rejuvenescimento do Bureau Político e do seu Secretariado.

Cerca de quatro meses após o conclave, começaram a circular rumores de que o general Higino Carneiro – que já desempenhou funções de governador e ministro durante o consulado de José Eduardo dos Santos – teria renunciado à sua militância no MPLA para se juntar à Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), uma formação política actualmente sem representação parlamentar.

“General Higino Carneiro abandona o MPLA para concorrer como cabeça de lista na CASA-CE”, afirmava uma publicação partilhada na rede social Facebook.

Confirma-se?

Não corresponde à verdade. Na sua página oficial no Facebook, Higino Carneiro desmentiu as alegações que circulam nas redes sociais.

“Desminto categoricamente as informações deturpadas e fakenewzadas sobre hipotéticos acordos ou pretensão de vir a liderar algumas formações ligadas à CASA-CE”, escreveu o general.

Para reforçar a sua permanência no MPLA, Higino Carneiro afirmou manter-se firme no partido e empenhado na missão de servir o povo angolano.

“Não largo o MPLA nunca e continuarei comprometido com a causa plural, que é servir Angola e os angolanos, independentemente das circunstâncias”, garantiu o político, general e empresário.

A CASA-CE, que em 2017 se afirmou como a terceira força política do país ao conquistar 16 assentos na Assembleia Nacional, perdeu toda a sua representação parlamentar nas últimas eleições, sofrendo um forte revés eleitoral.

_______________________________________

Avaliação do Polígrafo África:

Partilhe este artigo
Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn

Relacionados

Em destaque