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João Lourenço prometeu “baixar” o preço do óleo alimentar com a inauguração de nova fábrica?

Sociedade
O que está em causa?
O Presidente da República de Angola inaugurou, na zona da Boavista, em Luanda, uma fábrica de óleo alimentar pertencente ao Grupo Naval. Nas redes sociais surgiram afirmações de que João Lourenço teria garantido que os preços do óleo alimentar iriam baixar devido ao aumento da oferta.
© Agência Lusa / Ampe Rogério

“O presidente da União Africana, da República de Angola e do MPLA, João Lourenço, afirmou que, afinal, ‘o país está bem e que o preço do óleo vai baixar’. (…) Estamos no bom caminho. Com a nova fábrica de óleos alimentares, os preços vão baixar”, refere uma publicação no Facebook feita por César Chiyaya, um opinion maker angolano que se apresenta como um “provocador social no sentido positivo”.

Face a esta afirmação, vários internautas manifestaram cepticismo, recordando declarações anteriores do Chefe de Estado sobre a expansão da Refinaria de Luanda, onde teria assegurado que não haveria necessidade de aumentar os preços dos combustíveis.

Mas será verdade que João Lourenço prometeu baixar os preços do óleo alimentar?

Tudo indica que não. O Presidente da República inaugurou, a 26 de Março, a fábrica pertencente ao Grupo Naval, um conglomerado empresarial que opera nos sectores do comércio, indústria e serviços. Durante a cerimónia, manifestou o desejo de que mais empresas invistam no sector e noutros domínios.

Questionado pelo “Jornal de Angola” sobre a possibilidade de uma redução dos preços do óleo alimentar com a abertura da nova unidade, João Lourenço sublinhou que, quando a oferta supera a procura, “tendencialmente os preços baixam”.

“Tudo depende da oferta. Quanto maior for a oferta e a procura estiver a seu favor, tendencialmente os preços baixam. É tão simples quanto isso, e é universal. É assim em todo o mundo. O que temos de fazer é continuar a lutar para que mais unidades como esta surjam, não apenas no sector da refinação do óleo, mas também na produção e transformação de produtos do campo em bens prontos para consumo”, declarou o Presidente da República.

O Polígrafo África tentou contactar César Chiyaya para esclarecer as circunstâncias da sua publicação, mas não obteve resposta.

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Avaliação do Polígrafo África:

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