“José Pacheco, responsável pelo roubo de madeira, foi nomeado como novo director do SISE”, lê-se numa publicação de 17 de Junho na rede social Facebook.
Na caixa de comentários, muitos internautas manifestam-se contra a escolha do novo dirigente máximo dos serviços de informação do Estado moçambicano.
“Será que não há outra pessoa para assumir esse cargo?”, questionou um utilizador.
“Estamos mal com essa cadeia alimentar, só giram entre eles”, escreveu outro.
Mas será verdade que José Pacheco foi alguma vez responsável por roubo de madeira em Moçambique?
A resposta é não. É verdade que, em 2013, José Pacheco – então ministro da Agricultura – e Tomás Mandlate, também ex-ministro do mesmo sector, foram acusados pela organização britânica Environmental Investigation Agency (EIA) de facilitarem o contrabando de madeira em Moçambique. A denúncia foi noticiada por diversos órgãos de comunicação social.
Contudo, em 2014, ambos foram inocentados pela Procuradoria-Geral da República, através do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), no âmbito do processo n.º 06/GCCC/13-I.
Importa referir que a nomeação de José Pacheco ao cargo de director-geral do SISE foi tornada pública por despacho presidencial, tendo a sua tomada de posse ocorrido na quarta-feira, 18 de Junho, na Presidência da República.
Pacheco sucede a Bernardo Lidimba, anterior director-geral do SISE, falecido na sequência de um acidente de viação ocorrido em Novembro, no distrito de Mapai, província de Gaza, sul de Moçambique.
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Avaliação do Polígrafo África: