“Mais de 30 militares das FADM foram expulsos”, lê-se numa publicação datada de 12 de Junho, partilhada na rede social Facebook. Noutra publicação, com a mesma data, o autor afirma que a maioria dos militares alegadamente expulsos “não tem residência própria”.
Na caixa de comentários, vários internautas manifestam solidariedade e preocupação com a situação: “Sabes, parece uma brincadeira, mas é verdade: muitos mesmo ainda não têm casa própria”, comentou um utilizador.
Mas, afinal, é verdade que mais de 30 militares foram expulsos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique?
Sim, é verdade. Após um trabalho de verificação de factos, o Polígrafo África teve acesso a um despacho do Comando do Exército do Estado-Maior General das FADM, assinado a 23 de Maio de 2025 pelo Chefe do Estado-Maior General, Júlio dos Santos Jane.
De acordo com o documento, os militares em causa foram afastados por condutas que violam o regulamento disciplinar das FADM, como ausência ilegítima, desobediência a ordens superiores, indisciplina, entre outras infracções.
“Deste modo, nos termos do estabelecido na alínea f) do artigo 25 e nas alíneas b) e f) do n.º 3 do artigo 31, ambos do Regulamento de Disciplina Militar das FADM, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 019/MDN/2025, de 11 de Fevereiro, o Ministro da Defesa Nacional determina a expulsão nas FADM, no uso das competências que me são conferidas pela alínea h) do n.º 3 do artigo 8.º da Estrutura Orgânica das FADM, aprovada pelo Decreto n.º 71/2016, de 30 de Dezembro.”
Importa recordar que, também em 2022, um grupo de militares das FADM foi afastado das fileiras do Exército, igualmente por motivos disciplinares diversos.
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Avaliação do Polígrafo África: