“Segundo informações nas principais redes sociais, o líder da Renamo, carinhosamente tratado por Mr. Mafuta [Ossufo Momade], reuniu-se com Daniel Chapo ‘Madeira’, no hotel Indy Village, na Sommerschield, por mais de 4 horas a portas fechadas”, lê-se num post no Facebook, que gerou centenas de reacções e dezenas de comentários.
Num tom irónico, o autor do texto alega que o encontro dos “derrotados” surgiu no âmbito do movimento de contestação da alegada fraude eleitoral registada em Moçambique, que tem tido repercussões a nível internacional devido aos resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que deram vantagem à Frelimo e a Daniel Chapo, com mais de 70% dos votos.
“A Renamo, que deixou de ser o principal opositor, está buscando técnicas pela sobrevivência, e segundo os actuais resultados, ocupa a terceira posição, lugar que era ocupado pelo MDM [Movimento Democrático de Moçambique”, recordou o internauta, tendo sublinhado seguidamente que “a Renamo recusou-se a fazer parte da ‘frente única’ de todos os partidos na oposição, para contestação dos resultados fraudulentos anunciados pela CNE”.
Mas será verdade que Ossufo Momade e Daniel Chapo se reuniram numa unidade hoteleira?
Ao Polígrafo África, o porta-voz da Renamo, Marcial Macome, assegurou que a informação é falsa. “Não é verdade, o presidente Ossufo Momade não manteve nenhum encontro com Daniel Chapo, não sei qual é o objectivo desta desinformação.”
Por seu lado, o porta-voz da Frelimo, Camilo da Silva, igualmente garantiu ao Polígrafo África que o encontro não ocorreu.
Face à celeuma, no domingo, 24 de Novembro, o candidato da Renamo, Ossufo Momade, confirmou, através do porta-voz do partido, a sua presença na reunião convocada pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, com os quatro políticos que concorreram ao cargo máximo da nação, para um diálogo político, a ter lugar pelas 16 horas de hoje, terça-feira, dia 26 de Novembro.
O encontro foi anunciado na terça-feira, 19, por Filipe Nyusi, na sua primeira comunicação à nação em torno das manifestações populares contra os resultados das eleitorais de 9 de Outubro.
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Avaliação do Polígrafo África: