“Última!! Nigéria é primeiro País do continente africano a não aceitar a vitória do partido Frelimo.” Esta alegação surge destacada num post muito partilhado nas redes sociais, sobretudo na plataforma Facebook.
Na referida publicação, datada de 21 de Novembro, o autor aponta que a suposta razão que leva o Governo nigeriano a manifestar-se contra os resultados do acto eleitoral de 9 de Outubro em Moçambique, é o facto de considerar que estamos perante uma “fraude eleitoral”.
Por outro lado, o internauta acrescenta que supostamente a Nigéria lamenta o facto de a “Frelimo matar pessoas indefesa”.
De acordo com o post, o Estado nigeriano exorta o candidato à presidência de Moçambique pelo Partido Podemos, Venâncio Mondlane, “a continuar a lutar pela reposição da verdade eleitoral”.
Mas é verdade que a Nigéria se manifesta contra a vitória da Frelimo?
Não. O posicionamento atribuído ao Estado nigeriano não é autêntico. O site do Alto Comissariado da Nigéria em Moçambique não fez referência ao assunto. Na verdade, quem se manifesta contra a situação pós-eleitoral em Moçambique é a comunidade de defensores dos direitos humanos e activistas dos direitos civis na Nigéria, denominado “Take It Back”.
Na carta pública, a organização “Take It Back” condena “a acção violenta da Polícia da República de Moçambique em reacção às manifestações que acontecem no país”, noticiou a Integrity Magazine.
De acordo com a mesma fonte, a “Take It Back” reconhece o empenho do candidato presidencial pelo Podemos na “luta” pela verdade do pleito eleitoral de 9 de Outubro.
“Estamos solidários com o povo moçambicano, particularmente com o partido de oposição Podemos e seu líder, Venâncio Mondlane, em sua corajosa luta por justiça e integridade eleitoral”, avança aquele órgão.
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Avaliação do Polígrafo África: