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Moçambique. Governo nigeriano manifestou-se contra a vitória da Frelimo nas eleições gerais de Outubro?

Política
O que está em causa?
Alguns países felicitaram a Frelimo e o seu candidato presidencial Daniel Chapo pelos resultados alcançados nas eleições gerais de Outubro. Entretanto, circulam rumores nas redes sociais segundo os quais o Executivo da Nigéria se manifesta contra a vitória da Frelimo no último pleito eleitoral. Confirma-se?

“Última!! Nigéria é primeiro País do continente africano a não aceitar a vitória do partido Frelimo.” Esta alegação surge destacada num post muito partilhado nas redes sociais, sobretudo na plataforma Facebook.

Na referida publicação, datada de 21 de Novembro, o autor aponta que a suposta razão que leva o Governo nigeriano a manifestar-se contra os resultados do acto eleitoral de 9 de Outubro em Moçambique, é o facto de considerar que estamos perante uma “fraude eleitoral”.

Por outro lado, o internauta acrescenta que supostamente a Nigéria lamenta o facto de a “Frelimo matar pessoas indefesa”.

De acordo com o post, o Estado nigeriano exorta o candidato à presidência de Moçambique pelo Partido Podemos, Venâncio Mondlane, “a continuar a lutar pela reposição da verdade eleitoral”.

Mas é verdade que a Nigéria se manifesta contra a vitória da Frelimo?

Não.  O posicionamento atribuído ao Estado nigeriano não é autêntico. O site do Alto Comissariado da Nigéria em Moçambique não fez referência ao assunto.  Na verdade, quem se  manifesta contra a situação pós-eleitoral em Moçambique é a comunidade de defensores dos direitos humanos e activistas dos direitos civis na Nigéria, denominado “Take It Back”.

Na carta pública, a organização “Take It Back” condena “a acção violenta da Polícia da República de Moçambique em reacção às manifestações que acontecem no país”, noticiou a Integrity Magazine.

De acordo com a mesma fonte, a “Take It Back” reconhece o empenho do candidato presidencial pelo Podemos na “luta” pela verdade do pleito eleitoral de 9 de Outubro.

“Estamos solidários com o povo moçambicano, particularmente com o partido de oposição Podemos e seu líder, Venâncio Mondlane, em sua corajosa luta por justiça e integridade eleitoral”, avança aquele órgão.

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Avaliação do Polígrafo África:

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