“Alguns bairros das cidades de Maputo e Matola estão sem corrente eléctrica devido à vandalização da subestação de Ressano Garcia, perpetrada nesta manhã por manifestantes“, denuncia-se numa publicação partilhada no Facebook no dia 7 de Dezembro, exibindo a imagem de uma subestação de energia.
Num outro post publicado na mesma data, um internauta alega que a informação posta a circular sobre a vandalização da subestação de energia de Ressano Garcia por manifestantes é falsa, referindo que foram os próprios funcionários que cortaram o fornecimento de energia para se juntarem a uma marcha.
Mas os manifestantes vandalizaram ou não a subestação de energia?
Não. Mas importa ter em atenção um comunicado emitido pela Empresa Electricidade de Moçambique (EDM) informando que no contexto das manifestações que se verificam um pouco por todo o país, “um grupo de manifestantes dirigiu-se às Centrais Termoeléctricas de Ressano Garcia (CTRG) e da Gigawatt, exigindo a paralisação total da produção de energia como parte do suposto movimento de protesto”.
Diante disso e “receando consequências inesperadas, tanto a CTRG como a da Gigawatt, viram-se forçadas a interromper a produção de energia na ordem de 250 Megawatts (MW) no total, por um período indeterminado”, lê-se na nota de imprensa.
A EDM admite que esta situação está a provocar um défice da capacidade de fornecimento de energia eléctrica às províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, bem como à Cidade de Maputo,na ordem de 150 MW, capacidade que alimenta cerca de 30% da demanda das províncias da região Sul do País.
Face ao ocorrido, a EDM viu-se forçada a aplicar restrições de fornecimento de energia à zona Sul do País, de forma programada e rotativa, visando minimizar o impacto da paralisação daquelas centrais sobre os consumidores.
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Avaliação do Polígrafo África: