O texto, supostamente redigido por funcionários do Conselho Municipal de Angoche, apela ao pagamento imediato dos salários em atraso ou, em alternativa, à demissão de todo o pessoal, como forma de “resgatar os valores que aquela instituição já teve”.
A publicação, datada de 16 de Abril, foi amplamente partilhada no Facebook, onde gerou reacções de indignação.
Face à crescente divulgação da alegação, o Polígrafo África procurou esclarecimentos junto da Presidente do Município de Angoche, Dalila Ussene, que rejeitou categoricamente a versão dos factos difundida nas redes sociais.
“É falso. Trata-se de um grupo de agitadores que promove a desinformação”, declarou a responsável. Segundo Dalila Ussene, os salários em atraso não resultam de desvio de fundos nem da falta de receitas municipais, mas sim do atraso na transferência dos fundos por parte do Governo Central.
“Ainda não recebemos os fundos para a gestão municipal”, explicou. “Neste momento, o Município está focado em cumprir o que foi prometido no manifesto eleitoral apresentado durante a campanha. Relativamente aos salários, aguardamos pela disponibilidade do Governo Central para proceder ao pagamento”, garantiu.
Desta forma, e com base nas declarações da Presidente do Município de Angoche, não há indícios confirmados de desvio de fundos ou de má gestão financeira por parte da autarquia, sendo o atraso no pagamento de salários justificado por factores de ordem administrativa e de dependência orçamental face ao poder central.
_______________________________________
Avaliação do Polígrafo África: