Em várias publicações nas redes sociais, sobretudo no Facebook, difunde-se um texto supostamente da autoria de Manuel de Araújo, presidente do município de Quelimane, na província de Zambézia, Moçambique, em que aconselha os populares a evitarem invadir ou destruir infra-estruturas públicas e privadas.
“Se querem destruir coisas, destruam coisas da Frelimo“, terá dito o presidente de Quelimane.
É verdade que Manuel de Araújo proferiu tais palavras?
Sim. O presidente do conselho autárquico de Quelimane instou os populares a vandalizarem propriedades do partido que governa Moçambique desde a independência, a Frelimo, em vez de infra-estruturas públicas e privadas.
Manuel de Araújo, que foi candidato a governador de Zambézia nas eleições de 9 de Outubro, proferiu essas declarações no dia 30 de Dezembro, após uma marcha em alusão aos 13 anos de alternância governativa na cidade de Quelimane.
“Se quiserem partir coisas, vão partir coisas da Frelimo. Não partam escolas. Não partam carteiras, meus irmãos”, apelou Manuel de Araújo.
Importa referir que, desde o anúncio dos resultados pela Comissão Nacional das Eleições (CNE), a província da Zambézia tem registado manifestações “pacíficas” convocadas pelo autarca de Quelimane, Manuel de Araújo, quadro da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
De acordo com os resultados do pleito eleitoral de 9 de Outubro, Pio Matos, suportado pela Frelimo, ganhou a corrida ao cargo de governador da província de Zambézia, vitória validada pelo Conselho Constitucional no dia 23 de Dezembro.
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Avaliação do Polígrafo África: