Uma publicação de 23 de Junho, viral no Facebook, afirma: “Professor suspenso por se apresentar com cabelo comprido na Escola Secundária de Mavila, na província de Inhambane.” A publicação já soma mais de duas mil reacções e acima mil comentários.
Na caixa de comentários, as opiniões dividem-se entre críticas e apoio à suposta decisão.
“Na verdade, essa regra só se aplica a pessoas de pele escura. Se fosse um branco ou mulato, essa regra não se aplicaria”, criticou um utilizador.
Outro comenta em defesa da decisão: “Regras são regras, não há como. Cada instituição tem as suas normas! Ele deve cumprir as regras do seu local de trabalho, independentemente de serem lei ou não.”
Mas afinal, confirma-se que a direcção da Escola Secundária de Mavila suspendeu um professor por se recusar a cortar o cabelo?
A resposta é sim.Em declarações ao Polígrafo África, o porta-voz da Direcção Provincial de Educação em Inhambane, Domingos Chibindje, confirmou os factos.
“Sim, é verdade. No entanto, a fotografia do professor que circula nas redes sociais não reflecte o seu visual actual. Na semana passada, o professor apresentou-se com um cabelo muito maior e completamente despenteado”, esclareceu.
O Polígrafo África teve também acesso a um comunicado oficial, assinado pelo director da escola, Absalome Simão Bequele, que confirma a suspensão e detalha os motivos.
“A Direcção da escola supra suspende de todas as actividades da instituição o professor Reginaldo Arnaldo Mangue, docente desta escola desde 2024, responsável pela disciplina de Língua Inglesa, podendo retomar funções quando se apresentar com cabelo curto e devidamente arranjado”, lê-se no documento.
A nota acrescenta que a decisão está sustentada no artigo 11, ponto 21, do regulamento interno da escola, que obriga os docentes a apresentarem-se de forma exemplar perante os alunos.
“Vestir-se adequadamente e de forma exemplar, com cabelo curto e bem arranjado” — estabelece o regulamento.
A suspensão foi efectivada no dia 20 de Junho, com validade de três dias úteis, ficando em aberto a possibilidade de aplicação de “medidas administrativas cabíveis após o término deste prazo”, segundo o mesmo comunicado.
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Avaliação do Polígrafo África:
