Em publicação datada de 17 de Junho, divulgada na rede social Facebook, destaca-se a seguinte informação: “Tribunal Judicial de KaMavota decreta suspensão da segunda volta eleitoral no Podemos.”
Na respectiva caixa de comentários, alguns intervenientes na discussão questionam a coesão interna do partido, enquanto outros aplaudem a decisão judicial.
“Se dentro do próprio partido já há confusão sobre quem deve liderar, como é que vão liderar o país com clareza? A democracia não pode ser só discurso, tem de ser prática”, comentou um utilizador.
“Quando a justiça entra para corrigir o caminho de um partido, é sinal de que nem sempre as urnas reflectem a vontade, mas sim as manobras. Que a democracia interna seja um espelho do que se prega para fora”, defendeu outro.
Confirma-se que o Tribunal Judicial de KaMavota impediu a realização da segunda volta das eleições internas para o cargo de secretário-geral do partido Podemos?
A resposta é sim.
De acordo com um despacho judicial, “a 1.ª Secção do Tribunal Judicial do Distrito Municipal de KaMavota julga procedente, por provada, a presente providência cautelar não especificada e, em consequência: intima o requerido a abster-se de realizar a segunda volta das eleições internas para o cargo de secretário-geral, ou de praticar qualquer outro acto que, directa ou indirectamente, possa colocar em causa a eleição já consumada, até à decisão definitiva da acção principal”.
Recorde-se que, no dia 30 de Maio, o membro fundador do Podemos, Alberto Ferreira — que venceu o escrutínio realizado a 25 de Maio, mas não foi declarado vencedor por alegadamente não ter atingido os 50% dos votos — submeteu ao Tribunal Judicial do Distrito Municipal de KaMavota uma providência cautelar com o objectivo de impedir a realização da segunda volta.
Com esta decisão judicial, Alberto Ferreira mantém-se, por ora, como secretário-geral eleito do partido Podemos.
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Avaliação do Polígrafo África: