Num dos vídeos amadores que circulam nas redes sociais, alunos da residência nº8, situada na Avenida Karl Marx, cidade de Maputo, são vistos a atirar materiais escolares pela janela em direcção à estrada, enquanto entoam gritos de ordem como: “Estamos cansados, queremos mudanças, queremos Venâncio [Mondlane]”!
As manifestações não se limitaram a uma única residência. No coração do Campus da (UEM), os estudantes não apenas contestaram os resultados das eleições, mas também exigiram melhores condições de internamento.
A situação atingiu um ponto crítico quando se disseminou entre os estudantes, assim como nas redes sociais, a informação de que a UEM cortara a alimentação aos alunos que apoiaram e participaram das manifestações.
É verdade que a UEM cortou o direito à alimentação aos estudantes residentes?
Não. No dia 26 de Outubro, o Centro de Comunicação e Marketing da instituição emitiu uma nota de esclarecimento onde dá nota de que segue e vai seguir rigorosamente o Regulamento das Residências Universitárias Estudantis e o Regulamento Pedagógico aplicáveis para estes casos. Sendo que, “tais regulamentos estabelecem que as medidas administrativas e disciplinares devem sempre respeitar os direitos dos estudantes e garantir a continuidade dos serviços essenciais, como alimentação e alojamento, preservando o ambiente de diálogo e respeito mútuo. É desta forma que a UEM irá proceder e em conformidade com os preceitos vigentes”.
Na nota partilhada pela UEM, a instituição reafirma o seu compromisso com o diálogo e a escuta activa, enfatizando que todas as acções “adoptadas e a serem adoptadas visam proteger o bem-estar e a formação íntegra dos nossos estudantes, tanto científica, ética e disciplinarmente para o futuro do País”.
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Avaliação do Polígrafo África: