O Presidente da República, João Lourenço, prosseguiu com a entrega de condecorações a personalidades “cujas acções, ao longo da história, legaram um contributo indelével à Nação”. Nesta cerimónia, o artista Esfilêndio dos Santos, mais conhecido por “Sebem”, foi distinguido com a medalha da Classe “Paz e Desenvolvimento”.
A distinção gerou, no entanto, uma onda de contestação nas redes sociais. Muitos internautas criticaram o alegado esquecimento de António do Rosário Amado, mais conhecido por Tony Amado, figura central na génese do kuduro, um dos géneros musicais mais emblemáticos na cultura angolana.
Numa das publicações mais partilhadas, lê-se: “Sempre dissemos que era teatro do MPLA. Nada contra o Sebem. Mas a questão é: como é que Sebem é condecorado e Tony Amado, o fundador do estilo, fica de fora? A verdade é que o Tony Amado foi excluído por causa da sua verticalidade e nada mais.”
A alimentar esta narrativa, circularam também rumores de que Tony Amado teria sido preterido por ser um crítico do Governo. No entanto, uma publicação de 4 de Junho veio contrariar essa ideia, dando conta de que o músico tinha, afinal, sido condecorado. A informação foi recebida com cepticismo por alguns, que a classificaram como falsa.
Mas, afinal, Tony Amado foi ou não distinguido?
Sim, foi. A alegação de que Tony Amado não foi condecorado é falsa.
No âmbito das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional, o Presidente João Lourenço condecorou, na semana passada, 697 individualidades — 252 na Classe “Independência” e 445 na Classe “Paz e Desenvolvimento”.
Entre os distinguidos, encontra-se António do Rosário Amado, “Tony Amado”, condecorado com a medalha da Classe “Paz e Desenvolvimento”, figurando na posição 65 da lista oficial tornada pública na página do Centro de Imprensa da Presidência da República (CIPRA).
Em declarações ao Polígrafo África, a Comissão Organizadora da Cerimónia das Condecorações confirmou a distinção atribuída ao músico, sublinhando que um representante de Tony Amado esteve presente para receber a medalha em seu nome.
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Avaliação do Polígrafo África:
