No documento, elege como áreas prioritárias da sua acção política o desenvolvimento social e económico, com especial enfoque na educação — defendendo a gratuitidade do ensino, desde o básico até ao superior — e na industrialização do país.
Trata-se, no essencial, das linhas orientadoras para a governação, caso o PAICV vença as eleições legislativas de 2026. Impulsionado pelo “excelente” resultado nas eleições autárquicas do ano passado, Francisco Carvalho traça, na sua moção, várias prioridades para o próximo ciclo governativo.
O candidato a primeiro-ministro pelo PAICV sublinha que a visão política do partido assenta numa lógica participativa: “Com a população, com os agentes sociais e culturais, com os agentes económicos e políticos, com a grande força da juventude e das mulheres, iremos ao encontro das necessidades de bem-estar social e económico das comunidades e da Nação. Garantir a função social da justiça, assegurar os fundamentos da soberania nacional e das liberdades individuais, entre outros princípios consagrados na Constituição da República.”
Francisco Carvalho garante que, caso venha a liderar o Governo, fará cortes em despesas consideradas supérfluas, permitindo assim criar margem no Orçamento do Estado para reforçar o apoio aos mais carenciados.
Entre as principais medidas apresentadas, destaca-se a proposta de acesso gratuito aos serviços de saúde: “Queremos garantir que todas as pessoas que estejam doentes possam sentir-se amparadas num momento de aflição, podendo contar com um Estado ‘guarda-costas’ forte.”
O acesso gratuito à universidade pública é outra das bandeiras do novo líder do PAICV, que justifica a medida como essencial para que os jovens, sobretudo os provenientes de famílias mais desfavorecidas, possam construir um futuro melhor e contribuir para a melhoria das condições das suas famílias.
No pacote de propostas, consta ainda a redução significativa dos preços dos transportes inter-ilhas. Francisco Carvalho compromete-se a fixar o preço dos bilhetes de barco em 500 escudos (cerca de cinco dólares) e os de avião em cinco mil escudos (50 dólares), com o objectivo de “permitir que as pessoas possam circular e conhecer Cabo Verde”. Para os pequenos comerciantes que fazem transporte de mercadorias entre ilhas, promete “isenção total” nas taxas de transporte.