O primeiro jornal lusófono
de Fact-Checking

Presidente da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique foi detido na África do Sul?

Política
O que está em causa?
Circula nas redes sociais a alegação de que Dom Carlos Matsinhe, presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, foi detido na África do Sul por alegado envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro e desvio de fundos eleitorais. Mas será esta informação verdadeira?

Numa publicação de 14 de abril, amplamente partilhada no Facebook, destaca-se: “Escândalo internacional: Dom Carlos Matsinhe é detido na África do Sul com mala repleta de dinheiro. Autoridades revelam ligação a esquema de lavagem e desvio de fundos eleitorais. Assista ao vídeo abaixo para ver o momento da detenção.”

Na caixa de comentários, a “notícia” suscita reacções contraditórias. Alguns utilizadores duvidam da veracidade da informação, enquanto outros exigem uma verificação de factos.

O presidente da CNE de Moçambique foi mesmo detido?

A resposta é não. A CNE de Moçambique desmentiu tal alegação, através de um comunicado oficial a que o Polígrafo África teve acesso.

“Trata-se de uma notícia totalmente falsa (fake news), sem qualquer fundamento, cuja intenção é denegrir a honra, o bom nome e a reputação de Sua Excelência Dom Carlos Matsinhe, assim como manchar a imagem da Comissão Nacional de Eleições”, lê-se no documento.

A CNE classifica a informação como uma tentativa deliberada de desinformação, alertando para os perigos da propagação de conteúdos falsos nas plataformas digitais.

“A CNE repudia e condena veementemente o uso de espaços públicos e digitais para a produção e circulação de falsas informações (fake news) e considera este tipo de atitudes irresponsáveis, que não só atentam contra a dignidade dos dirigentes das instituições do Estado, mas também procuram criar instabilidade e desinformação no seio da sociedade”, acrescenta a nota.

Na mesma comunicação, o órgão de gestão eleitoral apela à população moçambicana para que não se deixe influenciar por informações sensacionalistas: “Apelamos ao público para que não se deixe enganar por notícias sensacionalistas e que recorra sempre aos canais oficiais da CNE para informações fidedignas.”

_______________________________________

Avaliação do Polígrafo África:

Partilhe este artigo
Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn

Relacionados

Em destaque