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Presidente da Guiné-Bissau disse que as manifestações em Moçambique não vão “resolver nada” e estará na “tomada de posse de Daniel Chapo”?

Política
O que está em causa?
"Os moçambicanos estão a manifestar-se, mas isso vai mudar alguma coisa? Chapo é o novo Presidente e eu vou participar de sua posse", terá declarado Umaro Sissoco Embaló.
Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, durante um encontro com o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi (ausente na fotografia), no palácio presidencial, em Maputo, Moçambique, 19 de junho de 2024. O Presidente da Guiné-Bissau, iniciou hoje uma visita de Estado de três dias a Moçambique com a cooperação entre os dois países na agenda. LUÍSA NHANTUMBO/LUSA

As acções e declarações do Presidente bissau-guineense, Umaro Sissoco Embaló, continuam a ser alvo de escrutínio (e críticas) nas redes sociais, muito por causa da forma como tem lidado com as determinações constitucionais e de leis ordinárias do seu país.

Depois de ameaçar suspender definitivamente o Parlamento e ter avisado que pode permanecer no poder pelo menos até 2030, destaca-se agora que Sissoco Embaló, além de ter felicitado Daniel Chapo pela vitória eleitoral em Moçambique, referiu que as manifestações de rua que acontecem em Maputo e noutras localidades moçambicanas não vão alterar a decisão da Comissão Eleitoral. Mais, terá dito que estará presente na investidura de Chapo como Presidente da República de Moçambique, caso seja convidado.

De acordo com as informações postas a circular em vários grupos do WhatsApp, Sissoco Embaló fez estes comentários para chamar a atenção de que as manifestações que têm sido convocadas na Guiné-Bissau país não terão influência nas suas decisões enquanto chefe de Estado.

Confirma-se que o Presidente da Guiné-Bissau disse que as manifestações em Moçambique não vão “resolver nada” e que estará presente na “tomada de posse de Daniel Chapo”?

Sim. As declarações a propósito do Presidente da Guiné-Bissau estão registadas neste vídeo que foi gravado na capital Bissau.

“Os moçambicanos estão a manifestar-se, mas isso vai mudar alguma coisa? Chapo é o novo Presidente [de Moçambique] e eu vou participar de sua posse, se me convidar”, referiu Sissoco Embaló, traçando um paralelismo com as manifestações que têm sido convocadas no seu país.

Por exemplo, na véspera da celebração dos 60 anos das Forças Armadas da Guiné-Bissau, que ocorreu no dia 16 de Novembro, diferentes forças políticas convocaram uma manifestação para boicotar as celebrações, mas foram advertidos pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Biague Na Ntan, de que o Exército não iria tolerar “qualquer perturbação no país” naquele dia.

Em reacção, Nuno Nabiam, antigo Primeiro-Ministro, e Domingos Simões Pereira, ex-Presidente da Guiné-Bissau, que se têm notabilizado pela oposição a Sissoco Embaló, reagiram criticando Biague Na Ntan, sublinhando que as Forças Armadas jamais devem entrar nas disputas políticas pelo poder, por não ser a sua vocação.

Contudo, a referida manifestação foi adiada para dia a anunciar.

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Avaliação do Polígrafo África:

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