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Presidente de São Tomé e Príncipe pediu celeridade no julgamento dos envolvidos no “Caso 25 de Novembro”?

Política
O que está em causa?
Alega-se nas redes sociais que Carlos Vila Nova terá pedido às autoridades judiciais para acelerem o processo e responsabilizarem os supostos culpados pela morte de quatro homens no quartel militar do Morro, após uma alegada tentativa de Golpe de Estado que ocorreu há mais de dois anos.
© Agência Lusa / Elton Monteiro

“‘Caso 25 de Novembro’ entrou no discurso do Presidente da República de São Tomé e Príncipe [Carlos Vila Nova], apelando às autoridades competentes a celeridade nos processos“, destaca-se nesta publicação de 1 de Janeiro no Facebook, sobre um alegado pedido de responsabilização dos culpados pela morte de quatro homens no quartel militar do Morro, em 2022, após uma alegada tentativa de Golpe de Estado.

A informação é partilhada em várias publicações nas redes sociais, chegando também a grupos do WhatsApp, com ligeiras variações mas apontando todas no mesmo sentido: o Chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, quer maior brevidade no “esclarecimento e conclusão do processo sobre a tortura e morte de quatro civis no quartel do Exército, em Novembro de 2022”.

Mais, terá pedido que “os culpados sejam efectivamente responsabilizados”.

O Presidente da República de São Tomé e Príncipe apontou essa responsabilização como “algo que as autoridades devem às vítimas, aos seus familiares e à sociedade. A vida é o bem jurídico supremo e é a todos os títulos inadmissível que os que contra ela atentam saiam impunes”.

Estas publicações difundem informação verdadeira?

Sim. No dia 31 de Dezembro, o Presidente da República de São Tomé e Príncipe, dirigiu uma mensagem à nação são-tomense, tendo na ocasião mencionado o caso.

“Gostaria de me referir aos acontecimentos do dia 25 de Novembro de 2022, na parte que respeita à morte de quatro cidadãos, continuando as verdadeiras circunstâncias destas mortes por apurar e os eventuais culpados por estas mortes por responsabilizar”, sublinhou Carlos Vila Nova.

Nessa intervenção, o Chefe de Estado são-tomense pediu às autoridades judiciais competentes “que, com celeridade, dêem o respectivo segmento da conclusão ao processo, para que os culpados, havendo, sejam efectivamente responsabilizados. Isto é algo que as autoridades devem às vítimas, aos seus familiares e à sociedade. A vida é o bem jurídico supremo e é a todos os títulos inadmissível que os que contra ela tentam saiam impunes”.

Por fim, referiu-se à necessidade de que a verdade seja conhecida e a justiça seja feita “em conformidade com as leis em vigor na nossa República”.

Em Novembro de 2022, recorde-se, quatro homens foram mortos no quartel militar do Morro, após uma alegada tentativa de Golpe de Estado, ficando a situação marcada nas lides mediáticas como “Caso 25 de Novembro”.

No final do ano passado, dezenas de pessoas manifestaram-se em São Tomé exigindo justiça no “Caso do 25 de Novembro” de 2022.

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Avaliação do Polígrafo África:

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