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São Tomé e Príncipe. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça colocou o cargo à disposição?

Política
O que está em causa?
Nas redes sociais, sobretudo no Facebook, têm circulado publicações que alegam que o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça de São Tomé e Príncipe, Manuel da Silva Cravid, colocou o seu cargo à disposição. Confirma-se?
© Agência Lusa / Lourenço da Silva

“Última hora: Silva Cravid, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça de São Tomé e Príncipe, colocou o seu cargo à disposição.” Esta alegação tem sido amplamente partilhada nas redes sociais, acompanhada por uma suposta carta dirigida por Cravid ao Conselho Superior de Magistrados Judiciais são-tomense.

Na referida carta, datada de 15 de Abril, lê-se: “Venho pôr o meu cargo de Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e, consequentemente, de Presidente do Conselho Superior de Magistrados Judiciais à disposição até à decisão final, deixando desde já a minha total disponibilidade para colaborar, pelo que suspendo as minhas funções até à deliberação desse Conselho Superior.”

Segundo o documento, Manuel da Silva Cravid justificou a sua decisão com o facto de estar a decorrer contra si um processo e inquérito instaurado pelo próprio Conselho Superior de Magistrados Judiciais.

Confirma-se que o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça colocou o cargo à disposição?

Sim, a informação é verdadeira. Em declarações ao Polígrafo África, Manuel da Silva Cravid confirmou a suspensão temporária das suas funções na liderança do mais alto órgão judicial do país.

“Fi-lo para que o Conselho Superior, para que o Supremo Tribunal de Justiça averiguasse bem o processo e o inquérito que está em marcha”, afirmou o magistrado.

De acordo com Cravid, a decisão teve como principal objectivo evitar qualquer percepção pública de interferência nas investigações em curso.

“Porque, enquanto eu estiver ali, poderão pensar que terei alguma influência nesses processos. E como quero provar a minha inocência, prefiro suspender as actividades para que eles possam trabalhar sem a minha presença, e para que não digam que houve, da minha parte, alguma intervenção”, sublinhou.

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Avaliação do Polígrafo África:

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