O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciou esta sexta-feira, 17 de Janeiro, um pacote de 25 medidas que, na sua perspectiva, devem ser executadas durante os primeiros 100 dias de governação em Moçambique.
Num discurso transmitido em directo na sua página no Facebook, Mondlane reiterou a sua posição de combate contra o novo Governo de Daniel Chapo, exigindo mudanças urgentes. Nesse âmbito propõe reformas estruturantes que, no seu entender, têm como objectivo central a promoção do bem-estar da população, a garantia da justiça social e estimular o desenvolvimento sustentável em Moçambique.
Entre as 25 medidas destaca-se, por exemplo, a suspensão da cobrança de todas as portagens enquanto as estradas nacionais não forem devidamente reabilitadas. Nos locais onde as vias estiverem em mau estado, as portagens devem ser removidas.
A questão da água também foi referida, com Mondlane a determinar o fornecimento gratuito de água, além da redução do preço do saco de cimento para o limite máximo de 300 meticais, contra os actuais 470 meticais.
Também defende uma isenção do Imposto do Valor Acrescentado (IVA) para os produtos essenciais como o arroz, sabão, farinha, carapau e óleo de cozinha, bem como a assistência médica gratuita para todos os feridos nas manifestações e ainda uma compensação financeira até 200 mil meticais para as famílias que perderam entes vítimas de baleamento pela Unidade de Intervenção Rápida (UIR).
O ex-candidato presidencial pugna também pelo combate à violência e promoção de justiça. E exige o “fim imediato de toda violência contra a população, incluindo raptos, sequestros e assassinatos”, além da “garantia de libertação incondicional de todos os detidos durante as manifestações”.
Para Mondlane, o ensino público primário e secundário deve ser gratuito. Nesse sector defende um aumento da produção nacional de carteiras escolares, paralisando a exportação de madeira que seria utilizada para o fabrico de carteiras.
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