Apesar da evidente degradação do relacionamento entre Venâncio Mondlane e o partido Podemos, que o apoiou nas últimas (e conturbadas) eleições presidenciais de Moçambique, não deixaria de ser uma surpresa. Estará Mondlane de regresso à Renamo, cerca de sete meses depois de ter abandonado esse mesmo partido?
O rumor espalhou-se nas redes sociais, através de múltiplas publicações, e está a agitar a cena política moçambicana. Há quem garanta que sim, mas também há quem sugira apenas essa possibilidade.
Por exemplo, numa publicação de 31 de Janeiro no Facebook destaca-se que “Venâncio Mondlane pode estar de volta à Renamo após receber um convite para assumir a presidência do partido”.
“De acordo com membros da própria Renamo, Mondlane é visto como uma figura capaz de revitalizar a organização, que enfrenta um período de declínio e fragilidade. A sua possível liderança trará expectativas de uma reestruturação interna e de um novo rumo político, num momento considerado crítico para o futuro do partido”, salienta-se no texto da publicação em causa, que acumula centenas de comentários.
Ressalva-se porém que “ainda não há uma confirmação oficial sobre a sua aceitação do convite, mas a possibilidade já gera debates dentro e fora da Renamo. Se Mondlane aceitar o desafio, poderá enfrentar tanto apoios quanto resistências dentro do partido”.
Confirma-se que Mondlane está “de volta à Renamo” para assumir a liderança do partido?
Não. Além de não existir qualquer confirmação sobre a aceitação do convite, nem sequer quanto à existência desse convite, o próprio Mondlane já afastou essa hipótese em público.
Na entrevista que concedeu na semana passada à estação de televisão Miramar, Mondlane admitiu ter uma “relação saudável com a Renamo”, mas vincou que “não há espaço” neste momento para vir a liderar o partido.
Nesse âmbito referiu que a Renamo tem “bons quadros” que podem substituir o actual líder Ossufo Momade.
“A minha relação com a Renamo foi tensa no passado, mas felizmente hoje vivemos um ambiente de convivência saudável. Já conversei com o presidente do partido, Ossufo Momade, que entrou em contacto comigo algumas vezes. Conversámos e não há qualquer animosidade entre nós. Pelo contrário, a nossa relação agora é amena, cordial e respeitosa”, afirmou Mondlane.
Por outro lado, voltou a acusar Albino Forquilha, presidente do Podemos, de ser um “verdadeiro traidor“.
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Avaliação do Polígrafo África: