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Será que tenho HPV? Sinais e sintomas da infeção pelo Vírus do Papiloma Humano

A infeção por HPV, muitas vezes, não produz sintomas, mas há alguns sinais de alerta a estar atento. Conheça-os aqui.

A infeção por HPV (Vírus do Papiloma Humano) é uma das infeções sexualmente transmissíveis mais comum. E, embora na maior parte dos casos seja assintomática e não cause doença grave, há alguns sinais de alerta que merecem atenção.

Em declarações ao Polígrafo África, a presidente do Colégio de Obstetrícia e Ginecologia da Ordem dos Médicos de Angola, Eurídice Chongolola, aponta alguns sinais e sintomas que podem indicar uma infeção por HPV.

Quais os sinais e sintomas de uma infeção por HPV?

O HPV é um vírus com mais de 200 tipos, dos quais 40 podem causar doenças do trato anogenital. Na maior parte dos casos, explica Eurídice Chongolola, a infeção por HPV “é assintomática”

Além disso, acrescenta, a doença é, muitas vezes, “autolimitada”, ou seja, “desaparece sozinha” sem nunca causar sintomas.

No entanto, pelo facto de alguns subtipos de HPV de alto risco estarem associados ao desenvolvimento de cancro (sobretudo, do colo do útero), é fundamental estar atento a possíveis sinais e sintomas que possam indicar infeção, para evitar um diagnóstico tardio que contribua para um pior prognóstico.

Um desses sintomas é, segundo Eurídice Chongolola, “o aparecimento de verrugas genitais”, um sintoma comum a outras infeções sexualmente transmissíveis.

Na página da Organização Mundial de Saúde, as verrugas provocadas pelo HPV são descritas comopequenas protuberâncias ásperas que podem aparecer na vagina, no pénis ou no ânus e, raramente, na garganta”.

Eurídice Chongolola adianta que o sangramento e a dor pélvica, nomeadamente durante o ato sexual, e a “comichão nos órgão genitais” são sinais que também merecem atenção.

Noutro plano, aponta, são ainda sinal de alerta “todas as alterações celulares que podem evoluir para o cancro”. Importa sublinhar que a deteção precoce das lesões pré-cancerosas provocadas pela infeção por HPV permite que estas sejam tratadas a tempo e minimiza o risco de evoluírem para cancro.

É por isso que a presidente do Colégio de Obstetrícia e Ginecologia da Ordem dos Médicos de Angola considera fundamental a realização regular de exames preventivos (como o Papanicolau) e defende que os rastreios devem ser feitos mais cedo, não só porque, atualmente, “a atividade sexual está a começar precocemente”, mas também porque o “HPV não tem uma sintomatologia própria”.

Pelos mesmos motivos, Eurídice Chongolola acredita que a vacinação das crianças dos 9 aos 14 anos, antes do início da vida sexual, é uma medida de prevenção fundamental.

“Esta é uma idade em que se poderia começar a fazer a vacina contra o HPV, porque ainda não há atividade sexual. Além disso, os rastreios na adolescência têm de começar um bocadinho mais precocemente, porque temos visto que há adolescentes que já têm doenças sexualmente transmissíveis”, conclui.

Pode saber mais sobre as causas, sintomas, consequências, prevenção e tratamento do HPV aqui.

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